quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Você Sabia? Museu subaquático



Foi-se o tempo em que, para ver esculturas, você deveria agendar uma visita a um museu tradicional. O artista Jason deCaires Taylor nos convida a subverter essa lógica e literalmente mergulhar em seu trabalho. O pontapé inicial foi dado em 2006, com a criação do primeiro parque subaquático de esculturas, situado nas águas de Granada, que hoje ocupa a lista das 25 Maravilhas do Mundo da National Geographic. Em 2009, foi criado o complexo MUSA (Museo Subacuático de Arte) entre Cancun e Isla Mujeres, no México.

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As esculturas deste museu estão distribuídas entre profundidades de 04 e 9 metros, o que favorece a interação de mergulhadores com menos experiência, já que o curso básico de mergulho já é o suficiente para que a pessoa esteja apta a descer a até 18 metros e, portanto, se sinta confortável para o passeio. Podemos dizer que foi o nosso caso: apesar de sentir uma atração pelo mergulho autônomo, nunca havíamos nos mobilizado para tal atividade, até que um dia, ao assistir a um documentário sobre o conjunto de esculturas denominado "A Evolução Silenciosa - Silent Evolution", localizado no MUSA e, tendo as passagens compradas para Cancún, conhecer o museu subaquático tornou-se um desejo inadiável e, com ele, surgiu a necessidade de fazer o curso de mergulho. Aulas teóricas, aulas práticas e mergulhos de Check out no lago Paranoá/Brasília depois, estávamos aptos a realizar o sonho. Caso tenham interesse, temos uma boa indicação de escola de mergulho em Brasília.

A grávida e o Buda - Silent Evolution
Valeu cada centavo do investimento: a primeira vista do conjunto de mais de 400 estátuas é encantadora - um exército sem armas, formado por figuras "comuns" (grávida, freira, crianças, gari, buda, etc) com feições realistas, que aos poucos vão sendo tomadas por formações de corais - e foi capaz de arrancar lágrimas de emoção. As pessoas esculpidas estão nas mais variadas posições e dão a sensação de estarem ali há muito tempo, aguardando serem encontradas. O conjunto se modifica constantemente e a tendência (e a intenção) é que, com o passar dos anos, seja completamente coberto pelos corais. A forma de interação com as esculturas foge do que estamos acostumados, já que se pode nadar sobre elas, flutuar ao seu lado, observar os cardumes de peixes que fazem o mesmo. E o melhor de tudo: em um silêncio profundo, em que só se escuta a própria respiração, um exercício de relaxamento que deixa qualquer ioga no chinelo. A visibilidade do mar do Caribe é incrível e, devido à baixa profundidade, a iluminação também. Nada de claustrofobia, dá pra ver a superfície só de olhar pra cima. O tempo do passeio depende do seu consumo de oxigênio, em geral, um cilindro costuma durar em torno de 45 minutos.  Ficamos muito satisfeitos com a operadora de mergulho que contratamos para o passeio e estamos à disposição para oferecer os contatos. . Para mais informações sobre a obra Silent Evolution e outras do artista, consulte Evolução Silenciosa. Segue também uma entrevista com Jason deCaires Taylor.

As esculturas estão lentamente sendo cobertas por corais e já servem de moradia para peixes

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